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Highlights | 1ª semana junho

Mulher aplicando vacina em um homem contra a COVID

Por Maristone Gomes


O que aconteceu de mais importante em tecnologia, inovação, investimento e pesquisa em saúde.

Estudo em Serrana comprova eficácia da vacinação

Selecionada para um estudo sobre a vacina CoronaVac, a cidade de Serrana, no interior de São Paulo, vacinou toda a população acima de 18 anos contra a Covid. O experimento começou em fevereiro e, no fim de maio, os resultados foram divulgados. A principal conclusão é que, para frear a disseminação do vírus é necessário vacinar 75% dos adultos, no mínimo. A informação é do Instituto Butantan, que conduziu a pesquisa. Atualmente, Serrana registra queda de 95% no número de mortes por Covid e diminuição de 80% nos casos sintomáticos da doença. Mais informações.

Pesquisa em Saúde

Uma vacina 100% brasileira está a caminho

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apresentou a vacina Spintec a parlamentares do estado. Produzido pelo Centro de Tecnologia em Vacinas (CTVacinas) da UFMG em parceria com a Fiocruz, o imunizante tem uma cadeia de produção 100% nacional. Isso quer dizer que a fabricação não depende da transferência de tecnologia estrangeira nem de insumos vindos de outros países. Atualmente, a spintec está sendo testada em animais e apresentou bons resultados de imunização devendo, inclusive, ser eficaz contra novas variantes do coronavírus causador da Covid-19. Mais detalhes.

Mais doses da Pfizer chegam ao Brasil

O Brasil recebeu novas remessas de imunizante da Pfizer em três entregas que totalizaram 2,4 milhões de doses. O governo federal encomendou 200 milhões de doses e, até o momento, 5,8 milhões já chegaram ao país. A Pfizer diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final deste ano. Mais informações.

AstraZeneca vai transferir tecnologia para a Fiocruz

Foi assinado esta semana o acordo de transferência de tecnologia entre a Fiocruz e a AstraZeneca. Com isso, a instituição brasileira poderá produzir o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) necessário para a fabricação das vacinas contra a Covid. Até o momento, o Brasil vinha importando o IFA da China e enfrentando dificuldades nesse processo. Agora, a previsão é que as doses 100% nacionais comecem a ser entregues ao Plano Nacional de Imunização a partir de outubro. Mais Informações.

Genoma do novo coronavírus será mapeado

A rede de laboratórios Dasa está financiando um projeto de acompanhamento genético do SARS-CoV-2 em tempo real no Brasil. A iniciativa, chamada de Genov, promete sequenciar 30 mil genomas completos do coronavírus em até 12 meses. O objetivo é monitorar a evolução genética do vírus, especialmente das variantes, como a P1. A Dasa vai investir R$ 4,8 milhões no projeto, que deve aumentar em seis vezes o número de sequenciamentos do SARS-CoV-2 disponível no país. Mais informações.

Teste super rápido para Covid recebe aprovação de uso

Em Singapura, um teste para detectar Covid em apenas 60 segundos foi aprovado pela agência reguladora daquele país. A solução foi desenvolvida pela Breathonix, uma startup ligada à Universidade Nacional de Singapura e é a primeira a identificar o vírus analisando a respiração do paciente. Semelhante a um “bafômetro”, o teste tem um bocal descartável de uso único, um coletor de amostra e um espectrômetro de massa. Os usuários exalam pelo bocal, com a respiração sendo coletada. A partir daí, o ar capturado é alimentado no espectrômetro e analisado usando o algoritmo criado pela Breathonix, que dá os resultados do teste em menos de um minuto. Saiba mais.

Soro para tratar Covid começa a ser testado

Desenvolvido pelo Instituto Butantan, o soro para tratamento da Covid recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser testado em voluntários. O fármaco é um concentrado de anticorpos. O Butantan informou que tem três mil frascos e que os testes devem começar nas próximas semanas. É importante lembrar que o soro só pode ser aplicado por profissionais de saúde em pacientes com a doença. Mais informações.

Novo tratamento contra o câncer

Depois de conseguir a autorização da agência reguladora chinesa, a fabricante Lilly anunciou o ok também nos Estados Unidos para um tratamento contra o câncer de pulmão. O remédio, sintilimab, deve ser usado junto com outros medicamentos e quimioterapia. O estudo sobre a droga foi conduzido na China e mostrou que o sintilimab tem capacidade de retardar a progressão do câncer, podendo reduzir esse avanço em 52% em relação à quimioterapia. Mais informações.

Diagnóstico precoce da tuberculose

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, desenvolveram um teste de sangue altamente sensível que consegue encontrar vestígios da bactéria que causa a tuberculose em bebês até ano antes de desenvolverem a doença. Os resultados do estudo foram publicados no jornal médico BMC Medicine. A pesquisa analisou um ensaio clínico conduzido entre 2004 e 2008. Na ocasião, foram estudadas amostras de sangue de 284 crianças infectadas pelo HIV e 235 crianças sem o vírus. Os cientistas perceberam que, nesse estudo, o diagnóstico de tuberculose teve 100% de precisão e que em, 83,7% dos casos, a doença inicialmente não confirmada, foi diagnosticada depois. Mais informações.

Empresas se unem para fortalecer análise de dados

Para melhorar a análise de informações necessária em estudos clínicos, as empresas PicnicHealth e a Komodo Health formaram uma parceria. Elas vão combinar os respectivos bancos de dados para apoiar pesquisas sobre doenças como esclerose múltipla e hemofilia. A PicnicHealth tem uma plataforma na qual pacientes organizam registros de saúde, dados de sequenciamento genético e registros do plano de saúde. Já a Komodo Health desenvolveu um repositório de dados clínicos para pesquisas científicas. A ferramenta usa inteligência artificial para entender as informações armazenadas. Mais informações.

Investimentos

Rede D’Or busca levantar bilhões em ações

A rede de hospitais D’Or está captando R$ 6,7 bilhões em um “follow-on”, uma oferta subsequente de ações. Isso acontece cinco meses após o grupo ter levantado R$ 11,4 bilhões na abertura de capital na bolsa (IPO), a segunda maior chegada à bolsa na história do Brasil. A Rede D’Or encerrou o primeiro trimestre de 2021 com avaliação de R$ 13,6 bilhões. Entre outubro do ano passado e abril deste ano, o grupo fez oito aquisições e, atualmente, conta com 50 hospitais, que juntos somam 9 mil leitos. Mais informações.

Empresa brasileira de cosméticos recebe aporte de R$ 110 milhões

A Sallve, startup brasileira de cosméticos, arrecadou R$ 110 milhões em uma rodada de investimentos Série B. A empresa foi fundada pela comunicadora Julia Petit em 2018 e busca popularizar produtos de cuidados com a pele. Nas redes sociais Petit e a Sallve são nomes bem conhecidos. Apostando em marketing digital a marca cresceu quatro vezes em 2020. Acesse mais informações.

Robô Laura recebe R$ 10 milhões

Uma das iniciativas brasileiras de Inteligência Artificial na saúde, o robô Laura ajuda profissionais a gerenciarem o atendimento a pacientes de risco de infecção. Esta semana, a startup que desenvolveu a solução recebeu um aporte de R$ 10 milhões para investir na ferramenta. Antes dessa captação, a empresa havia levantado cerca de R$ 2,5 milhões com investidores-anjo brasileiros. A empresa informa que a tecnologia já analisou mais de 10,7 milhões de atendimentos e reduziu a taxa de mortalidade dos hospitais clientes em 25%. Mais informações.

Fusão milionária entre empresas de saúde reprodutiva 

Avaliada em US$ 5 bilhões, a Ro, uma empresa de telemedicina, adquiriu a Modern Fertility, que foca em saúde reprodutiva, por US$ 225 milhões. Com a compra, a Ro deve ampliar o atendimento remoto especializado em saúde da mulher com serviços como testes de fertilidade, um produto que cresceu 300% em receita no ano passado. A Modern Fertility foi fundada em 2017 e viu o faturamento aumentar em três vezes no ano passado. Mais informações.

Popularizando a impressão 3D, empresa chega à avaliação de US$ 2 bilhões

A indústria de impressão 3D está em crescimento e um exemplo mais recente do aquecimento nesse setor foi o aporte levantado pela a Formlabs. A empresa norte-americana conseguiu US$ 150 milhões em uma rodada com fundos de investimentos. Com isso, a Formlab dobra de valor na avaliação no mercado, que chega a US$ 2 bilhões. Alunos do laboratório de mídia do Massachusetts Institute of Technology (MIT) fundaram a empresa em 2011 adaptando a estereolitografia, um método industrial de impressão 3D, para um formato menor para desktop. Mais informações.

Expansão do Grupo Sabin

O Grupo Sabin está crescendo. Esta semana, a rede anunciou três unidades novas, que serão abertas na cidade de Franca, São Paulo. Para inaugurar os novos espaços, o grupo investiu mais de R$ 700 mil. As unidades contaram com exames com tecnologia de ponta. Entre os diferenciais estão um sistema de logística para agilizar a entrega de resultados e a coleta infantil, que tem profissionais especializados no atendimento de crianças. Mais informações.

Mais milhões para o Noom

O aplicativo Noom não para de crescer e de ficar mais popular. A ferramenta que ajuda usuários a emagrecer e a manter hábitos saudáveis acaba de levantar um financiamento de US$ 540 milhões e planeja expandir as funções. A ideia é oferecer serviços para pessoas com diabetes e acrescentar opções para lidar com estresse. Em 2020, a empresa quase dobrou a receita do ano anterior, que havia sido de US$ 200 milhões. Leia mais.

Empresa de atendimento em domicílio recebe US$ 100 milhões

A Mayo Clinic, respeitada instituição de saúde e pesquisa, anunciou um investimento de US$ 100 milhões na Medically Home, empresa especializada em atendimento hospitalar em domicílio. O aporte será feito pela Mayo em parceria com a prestadora de serviços de saúde Kaiser Permanente. A Medically auxilia seus parceiros a coordenar as visitas clínicas aos pacientes e providencia tecnologias, equipamentos e medicamentos necessários para o atendimento em casa. Mais informações.

Investimento em inteligência artificial contra o câncer

A Engine Biosciences fechou um financiamento de US$ 43 milhões. A startup irá aplicar o aporte à sua tecnologia de inteligência artificial para desenvolvimento de novos medicamentos. A empresa analisa interações genéticas em pesquisa para a criação de tratamentos contra alguns tipos de câncer como os de fígado, ovário, colorretal e mama. Mais informações.

Tecnologia e Inovação

Google cria ferramenta para detectar câncer de pele

O Google desenvolveu uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) que ajuda usuários a identificarem se manchas ou sinais na pele podem ser suspeitos de câncer. Na ferramenta, a pessoa faz o upload de uma foto da pele e responde um questionário. A IA então, cruza os dados e apresenta três alternativas de resultados mais prováveis. O modelo pode entender 288 problemas de pele diferentes e tem no banco de dados 65.000 casos, além de imagens de pele saudável para referência. O Google planeja lançar uma versão piloto da plataforma no fim do ano, mas apenas nos EUA, por enquanto. Mais informações.

Equipamento de startup brasileira permite exame médico remoto

Um estudo apresentado no Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro mostrou que a utilização de dispositivos médicos que realizam exames físicos remotamente em crianças e adolescentes podem reduzir o custo médio do paciente em 4,51%, na saúde suplementar. O estudo é uma iniciativa do Hospital Pequeno Príncipe (PR) e da healthtech Tuinda Care. Esse é o resultado dos testes do hospital com o TytoCare, um dispositivo desenvolvido pela Tuinda. O equipamento permite a comunicação entre as partes e a realização de exames físicos, como otoscopia, oroscopia, exame dermatológico simples e ausculta cardíaca e pulmonar. Mais informações.

Tendências e Novos Modelos de Negócios

Femtechs vão movimentar R$ 50 bi

Startups de produtos ou serviços voltados para mulheres devem movimentar US$ 50 bilhões nos próximos 5 anos, segundo o relatório Inside Healthtech da consultoria Distrito. As femtechs focam na saúde e bem-estar da mulher e oferecem soluções como acompanhamento do ciclo menstrual e fertilidade, menopausa, gravidez e amamentação, entre outros. Mais informações.

Google vai desenvolver ferramenta para empresas de saúde

O Google e a HCA se uniram para criar uma plataforma de análise de dados e novas ferramentas de fluxo de trabalho voltadas para empresas de saúde. Dentre as novas soluções a serem desenvolvidas estão um sistema de análise e alerta que ajudam médicos a responder rapidamente às mudanças no quadro de um paciente. Com a parceria, o Google Cloud terá acesso às informações de casos tratados nos 184 hospitais da HCA, dentro da regulamentação de privacidade. Mais Informações.

Cresce a busca por atendimento de saúde em casa

O censo do Núcleo Nacional de Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead) mostra que a demanda por atendimento de saúde em casa cresceu 15% no Brasil de 2019 a 2020. O Nead projeta que esse número aumente ainda mais em 2021. Desde o começo de 2020, o serviço teve alta de 35% no número de pacientes atendidos. O estudo aponta também que o setor teve um crescimento de 22,8% no país. Mais informações.

Se liga

Vem aí o computador quântico do Google

Esta semana, a Google anunciou que pretende construir um computador quântico funcional de larga escala até 2030. A intenção é desenvolver uma máquina livre de erros e feita para lidar com problemas reais. O equipamento será construído no novo centro de pesquisa em computação quântica que a companhia abriu na Califórnia, EUA. A novidade foi divulgada durante o Google I/O, o evento anual da empresa para desenvolvedores. Mais informações.

Terapia genética ajuda homem cego a volta a enxergar

E para terminar com uma notícia boa, um homem cego de 58 anos recuperou parcialmente a visão por meio de uma terapia genética inédita. O paciente havia perdido a capacidade de enxergar por conta de uma doença neurodegenerativa que afeta os fotorreceptores, células responsáveis por captar a luz que chega aos olhos. No tratamento revolucionário, o homem recebeu injeções com um vírus, mas um vírus do bem nesse caso, “infectado” com uma proteína que estimula a produção de proteínas sensíveis à luz âmbar no tecido da retina. Depois de meses de tratamento e adaptação, e usando óculos especiais, o paciente conseguiu identificar objetos maiores e contar copos em uma mesa. Os pesquisadores continuam os estudos para aperfeiçoar a técnica. Mais informações.

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Um excelente final de semana e até a próxima!

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