Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes. Ainda de acordo com o estudo, a taxa de incidência da doença cresceu 61,8% nos últimos dez anos. O Rio de Janeiro aparece como a capital brasileira com maior prevalência de diagnóstico médico da doença, com 10.4 casos a cada 100 mil habitantes.
O diabetes é uma epidemia global e o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking dos países com o maior número de casos, atrás de China, Índia e Estados Unidos. Vários fatores desempenham papel importante para este crescimento em países em desenvolvimento: obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada. Além disso, as complicações (retinopatia, doença renal do diabetes, amputações, infartos e derrames) ainda são frequentes embora dados de mortalidade tenham apresentado discreta queda.
De acordo com a pesquisadora Hermelinda Cordeiro Pedrosa, atual presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, é preciso retomar uma política preventiva efetiva, que seja de estado e não de governo, pois doenças crônicas requerem planejamento e ações no médio e longo prazo, com educação de profissionais de saúde na atenção básica e implantação de equipes especializadas nos centros de média e alta complexidade, e certamente, educação de pacientes e familiares.
Prevenção e ação
O lema da gestão 2018-2019 da Sociedade Brasileira de Diabetes é educar, apoiar e transformar. A presença de membros da diretoria e departamentos ligados à docência, saúde pública e pesquisa, acredita Hermelinda, fará com que as ações sejam conduzidas nesse sentido. “Pretendemos dar continuidade aos projetos implantados e aperfeiçoar aqueles que requeiram ajustes, reforçar a integração entre os Departamentos da SBD e os ativos de comunicação da sociedade, visando estender conhecimento às áreas mais desfavorecidas do nosso país”.