No Brasil, uma criança nasce com Síndrome de Down (SD) a cada 600 e 800 natalidades. O Ministério da Saúde afirma que a Síndrome de Down, ou trissomia do 21, é uma condição humana geneticamente determinada, sendo a alteração cromossômica mais comum em humanos.
Embora a sobrevivência de pessoas com SD tenha aumentado consideravelmente nas últimas décadas, as crianças com SD ainda têm uma perspectiva de vida mais curta quando comparadas às crianças sem a SD. Sabe-se que essa Síndrome afeta múltiplos sistemas orgânicos, dentre eles estão o sistema neurológico, imunológico, cardiovascular e respiratório.
Complicações respiratórias são comuns nesta população devido à propensão de anormalidades anatômicas das vias aéreas e dos pulmões. As principais consequências dessa situação são infecções respiratórias recorrentes, apneia obstrutiva do sono, força muscular respiratória reduzida e modificações na resposta imune adaptativa. Em geral, crianças com SD apresentam uma taxa de hospitalização cinco vezes maior do que a população em geral.
Para amenizar essa dor, a fisioterapia respiratória é realizada de forma preventiva para pessoas com Síndrome de Down. Ela consegue melhorar a entrada e saída de ar dos pulmões, aumentando a força muscular respiratória. Os exercícios consistem de técnicas manuais e também aparelhos e, apesar dos pais serem fundamentais para o sucesso da fisioterapia respiratória, alguns exercícios devem ser realizados por fisioterapeutas capacitados, preferencialmente especialistas na área respiratória. Isso porque a terapia consiste na avaliação da ausculta pulmonar para posteriormente estabelecer os exercícios e manobras técnicas que serão realizados.
Os pais devem participar auxiliando na realização correta das inalações prescritas pela equipe médica, estimulando a tosse, mudança de decúbito, ou seja, a criança precisa e deve ser colocada em diferentes posições para auxiliar na ventilação pulmonar (deitada dos dois lados, barriga para cima, cabeceira elevada), orientados da importância da realização de algumas técnicas de limpeza brônquica, sempre conforme orientação do fisioterapeuta.
A maioria dos problemas respiratórios nos indivíduos portadores de SD são decorrentes da hipotonia muscular, com o principal músculo respiratório é o diafragma ele consequentemente fica fraco em conseqüência da própria postura; baixos reflexos de tosse e expectoração e excesso de muco. A predisposição a pneumonias deve-se também a anormalidades no sistema imunológico.
Texto adaptado do artigo científico Intervenção Fisioterapêutica na Síndrome de Down, o qual pode ser conferido clicando em seu nome.